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Uma mão cheia de brincadeira para todos!
A handful of play to everyone!

O nosso primeiro “brincar” foi o jogo do “olhar fixo”. Eu
com um dos narizes, o utente com o outro e agora ambos frente a frente, de
olhos nos olhos, sem poder rir. A primeira a jogar comigo foi a Sra I. Assim
que coloquei o meu nariz, ela já não parava de rir, tal como a Sra. C,
mas assim que começou o jogo escolheu a sua cara mais séria e conseguiu
mantê-la muitos segundos. Já eu, estava com alguma dificuldade, mas aguentei…
pouco tempo sem me rir. Ah! Um ponto para a Sra. I! A seguir foi a Sra. C. que colocou o seu nariz de palhaço. À minha frente, muito séria…
Confesso que aqui fiz batota e comecei a fazer algumas caretas para a Sra. C rir, mas ela resistiu. Eu não, outra vez. Enquanto isso, a Sra. M. dizia que só de ver já tinha vontade de se rir e nem estava a jogar. O Sr. J. e a Sra. C.B. também conseguiram ganhar o jogo e com a Sra. C.V. consegui um
empate. Tinha bons jogadores! Quando joguei com a Sra. M, foi um rir pegado,
nenhuma das duas estava mais de dois segundos sem rir, com ou sem nariz. Mas ao
jogar com o Srº J.C., e coloquei o nariz em mim e nele, o utente olhou para
mim e começou a chorar. Tirei os narizes porque pensei que o Sr. J.C. podia
não gostar ou ter medo. Perguntei-lhe se tinha sido muito invasiva, se o tinha
aborrecido com a brincadeira, e ele respondeu que não. Simplesmente tinha-se
emocionado por ter jogado com ele também. Às vezes, as doenças que nos
incapacitam de fazer uma vida normal fazem-nos pensar em tudo o que não dávamos
valor antes. Antes era tão fácil para o nosso corpo brincar, mas nunca tínhamos
tempo. O Sr. J.C. um dia disse-me “o tempo antes não chegava para nada,
nunca tinha tempo para fazer coisas que me faziam feliz. Agora já tenho tempo
para estar numa cama, sempre doente, a olhar para o nada”. Uma frase que faz pensar…
Começou a Sra. I. que referiu que não tinha muita pontaria.
Mas o brincar não precisa de pontaria, só de boa disposição. A seguir a Sra. C.B., a Sra. M., a Sra. C e voltámos ao início. Entre muito
entusiasmo e dedicação, pinos derrubados ou bolas que contornavam os pinos sem
os derrubar (é preciso também muito jeito para fazer isto) torna-se importante
destacar que quando estamos distraídos com brincadeiras, as dores passam um
bocadinho, e todos sabemos como as dores são chatas… por isso nem só de medicação
se faz a analgesia e isto não é novidade nenhuma, mas nunca é demais repetir e
reforçar. Vamos usar e abusar do Play Monday!
Objectivo 2ª versão: com pinos de dois tamanhos diferentes,
um maior ao meio e os mais pequenos à volta. Temos que derrubar o pino grande
sem tocar nos mais pequenos (hum… complicado?)
E voltámos as rondas, as bolas passavam de mão em mão e cada
uma dava o seu melhor. Eu e as minhas colegas eramos as “apanha bolas” e
garantíamos que o jogo não perdia o ritmo, ao mesmo tempo tentávamos a melhor
fotografia para registar o nosso momento.
A Sra. M. tinha realmente muito jeito para este jogo e
ficou toda orgulhosa por isso. As outras utentes quiseram saber qual o
“truque”, que segundo a Sra. M. nem ela própria sabia, mas referiu que era um
jogo que gostava muito. Em conclusão, uma bola “mágica” pode derrubar tristezas
e trazer sorrisos. 

